Com a posse de Donal Trump, em seu segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos da América e o avanço de suas primeiras medidas, bem como com seus anúncios de formação de equipe de governo e algumas prioridades, é possível começar-se a vislumbrar os rumos que deve tomar seu novo governo, seja na política doméstica, seja na geopolítica, bem como suas prioridades e conformação de seu centro de poder. Algumas dessas manifestações ou primeiras medidas estão ligadas a aspectos morais e ideológicos, mas também se conectam a pautas outras que ganham peso internacional na extrema-direita, bem como a retomada explícita de doutrinas de postura internacional imperial, na lógica do movimento “Make America Great Again” (Faça a América Grande Novamente) e se vão materializando para além do simples discurso. Há que se avaliar suas conexões absolutamente explícitas com o grande capital financeiro, as big techs, a indústria do petróleo e a indústria armamentista, bem como suas medidas protecionistas. Com base nesses indícios, buscam-se indicações de rumo de seu governo, de suas prioridades e os rebatimentos de sua gestão sobre a economia, a política e a geopolítica, tanto internamente aos EUA, como sobre o mundo e, particularmente, sobre a América Latina e o Brasil.
Participação: Sebastião Velasco, Ladislau Dowbor e José Luiz Del Roio
Respostas de 2
O Brasil tem demonstrado que tem um lado e uma clareza, no que tange às definições históricas, que nos permite, esquerda e democratas progressistas, a apoiar o governo atual na sua busca, ou ele tem vacilado/oscilado, em relação ao alinhamento geopolítico, de modo a nos deixar confusos e bastante divididos? O que deve ser feito?
Moacyr, grato pelo comentário. Alinhamento geopolítico, a nosso ver, não é o caso. O Brasil precisa ter uma política de respeito à soberania dos países e contrário à conformação de hegemonias que levem a alinhamentos automáticos e subalternos