O Bioma Amazônico ocupa boa parte de oito países e da Guiana Francesa, com realidades sociais, econômicas e ambientais muito variadas e importantes. Sua diversidade envolve rebatimentos do que se passa em um território sobre outros territórios, numa realidade muito pouco coordenada entre eles. A hidrografia, que converge para a Bacia do Rio Amazonas, a riqueza natural, sobre e sob seu território, sua enorme variedade étnica e linguística, suas cidades de diferentes portes, os movimentos migratórios para a região ou internamente a ela, enfim tudo ali, configura uma diversidade que tem impactos e importância para todos os países em que o bioma está inserido, mas para o conjunto deles e para o mundo. Essa diversidade impõe desafios de muito variadas ordens e não tem conseguido, no decorrer dos tempos, contar com instrumentos e políticas comuns de governança do enfrentamento dos mesmos. Quais são os desafios que suplantam as diferentes dimensões nacionais e que demandam governança comum? Como pensar a Amazônia em um processo de retomada da integração sulamericana? Como lidar com as propostas de internacionalização da Amazônia? Como levar em conta as diferentes importâncias desse território? Como entender a dimensão cultural envolvida na diversidade amazônica e sua oralidade?
Participação: Paul Elliott Little, Lino João de Oliveira Neves e Ernesto Renan de Freitas Pinto
22 de agosto de 2022
