O processo de ocupação da Amazônia desenvolveu-se, nas fases de expansão capitalista para a região, provocando passivos de diferentes ordens. O período mais recente, com a expansão de atividades que vêm degradando populações e ambiente – com reflexos que se desdobram em pioras nessas dimensões, bem como rebatimento importante no equilíbrio climático, este transcendendo a própria região – vem ganhando enorme celeridade de destruição e degradação. Essa piora, nas dimensões humanas e ambientais, coloca desafios importantes a serem enfrentados. Além disso, a Amazônia brasileira é atravessada por processos migratórios de países da região e de fora dela, além dos migrantes internos, sem que existam políticas permanentes de recepção e inserção dos mesmos. Que desafios essa forma errática e predatória de ocupação da Amazônia coloca para o desenho de um futuro menos agressivo? Como enfrentá-los? Que papeis deve jogar um futuro governo e como este deve se organizar para o enfrentamento dos desafios? Que governança, envolvendo os diferentes atores com incidência sobre a Amazônia, e que instrumentos são necessários para dar conta dos mesmos?
Participação: Marcelo Seráfico e Sidney Antonio da Silva
15 de agosto de 2022