Os acontecimentos do 8 de janeiro, acompanhados ao vivo pela sociedade brasileira e pela comunidade internacional, além de causarem repulsa, indignação e perplexidade, deixaram uma indagação a ser respondida: como uma ameaça golpista, previamente anunciada e propalada, pôde pegar de surpresa a Chefia do Estado, a direção do Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal? Toda a inteligência e a segurança institucional do Estado Brasileiro acabara sendo subordinada à inteligência militar. A transferência da ABIN para a Casa Civil da Presidência e o anúncio de novos enunciados sobre sua missão, dialogavam com esse fato.
Participação: Marco Cepik e Sebastião Velasco