O desastre climático e ambiental no Rio Grande do Sul teve importantes impactos sobre os territórios urbano e rural do estado, sobre as infraestruturas, a economia e os serviços públicos. Um dos importantes efeitos de curto prazo ocorreu sobre o trabalho e a renda da população e, portanto, sobre as condições de sobrevivência e recomposição da vida por uma parcela importante, tanto urbana quanto rural. Soluções de mais largo fôlego precisarão ser desenvolvidas no decorrer do tempo, mas algumas soluções de curto e médio prazo precisarão ser buscadas. Coloca-se, portanto, a necessidade de se desenharem meios de retomada de trabalho e renda naquele território, como mecanismo mais estável de enfrentamento social dos efeitos provocados pelo desastre. Por óbvio, no futuro imediatíssimo, serão necessárias políticas de ajuda, no que tange à moradia, aos meios elementares de vida, à retomada dos serviços públicos essenciais, mas essas medidas precisam ser complementadas por outras que busquem um mínimo de condições estáveis para o cotidiano da população atingida pelos desmontes da economia.
Participantes: Renato Dagnino, João Furtado e Jorge Branco