Agendas Estratégicas
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Projeto de País – Referência para a Disputa Política

A disputa pelo “Brasil do Futuro” não ultrapassa os limites do curto prazo se estiver descolada de um Projeto de País, que deve ser assumido como Norte da ação política, bem como buscar-se, no decorrer do tempo, uma correlação de forças que permita os avanços necessários nessa direção. Uma agenda de futuro precisa abarcar, entre outros, temas como o enfrentamento da desindustrialização, a distribuição de renda, a integração sul-americana, a consolidação dos BRICs, o não alinhamento ativo na política externa, entre uma grande quantidade de outros temas que permitam um horizonte para o Brasil. Como a correlação de forças necessária para o atingimento desse Brasil do Futuro que se está perseguindo não é dada aprioristicamente, é necessário construí-la, em processo e, no decorrer do tempo, definirem-se objetivos parciais em torno dos quais seja possível concertar objetivos comuns com setores ou forças com os quais se possa e se necessite compor, a cada momento. A transição, no tempo, em direção a um Projeto de País precisa, assim, ser entendida como simultaneamente disputada e negociada. Disputada porque os objetivos parciais acordados precisam ser superados no processo, ao mesmo tempo em que se construa uma nova correlação de forças condizente com os objetivos de futuro. Negociada porque é necessário adequar o processo de disputa, em cada momento, à correlação de forças factível e definirem-se, nessa situação, os objetivos parciais possíveis.

Participantes: José Genoino e José Machado

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