Dia 19 de maio foi lançado um documento denominado “Projeto de Nação”. Sua autoria remete-se a três institutos autodenominados Think Tanks, especificamente, o Instituto General Villas Boas, o Instituto Sagres e o Instituto Federalista. Todas essas instituições se autodenominam civis, mas são dirigidas, em boa parte, por militares da reserva, mas que se mantêm politicamente ativos. A coordenação da elaboração do documento coube ao General da Reserva Luís Eduardo Rocha Paiva, autor do prefácio do livro “Verdade Sufocada” escrito pelo Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, e ex-presidente do grupo TERNUMA (Terrorismo Nunca Mais). Na cerimônia de lançamento do “Projeto de Nação”, faziam-se presentes muitos militares e, particularmente, o General Hamilton Mourão, Vice-Presidente da República. Toda a cerimônia foi desenvolvida em homenagem ao General Villas Boas, ex-comandante do Exército e que representou papel importante no desenrolar do golpe de Estado em 2016.
Esse documento, escrito com foco em uma projeção da Nação para o ano de 2035, tece um conjunto de propostas que têm por cerne o estabelecimento permanente de uma forte tutela militar sobre o Estado brasileiro. Propõe focos econômicos que têm por centralidade a atividade do agronegócio brasileiro, profundas alterações no sistema educacional, privatização de vários serviços públicos essenciais, alterações no funcionamento do processo de gestão governamental, etc..
Que importância tem esse documento no momento histórico por que o País atravessa? Por que está sendo lançado neste momento do processo eleitoral? Que significados possui esse texto? Como ele se relaciona com o plano de continuidade do Governo Bolsonaro ou, pelo menos, da enorme presença militar no governo?
Para conversar conosco sobre esSe importante movimento militar, contaremos com a participação de:
Marcelo Pimentel, Ocupou diversas funções no Brasil e no exterior, sendo oficial no Comando da 12ª Brigada de Infantaria (SP); comandante do 18° Grupo de Artilharia de Campanha (MT); oficial de Estado-Maior no Exército (DF), Chefe do Estado-Maior da 7ª Região (PE)
Manuel Domingos Neto, historiador, professor, pesquisador, escritor e ex-Deputado Federal pelo Piauí.
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