O Governo Lula se anuncia com algumas prioridades que lhe deverão marcar, dando-lhe identidade. Obviamente, o combate à miséria e à fome, bem como a forte redução das desigualdades sociais, se têm colocado como os mais imediatos e contundentes. Mas outras grandes prioridades se têm explicitado, sendo uma delas a do enfrentamento das mudanças climáticas e da degradação ambiental, o que remete a vários biomas, em particular o bioma amazônico. Mas a efetivação de um projeto de desenvolvimento sustentável e harmônico na região não se basta a apenas nesses dois aspectos, apesar de sua centralidade, como anunciado pelo próprio Presidente Lula durante a campanha eleitoral e agora, na COP27, no Egito.
A Amazônia não é apenas Clima e Meio Ambiente, nem apenas povos originários ou populações ribeirinhas, mas é também energia, navegabilidade, economia sustentável, articulação sulamericana, etc.. Essa multiplicidade de aspectos de que se reveste um projeto de intervenção na Região implica que a ação de vários dos órgãos do futuro governo Lula terão incidência naquele território. Uma enorme diversidade de ações a se desenvolverem num mesmo espaço geográfico demanda, obrigatoriamente, a constituição de um sistema de articulação e coordenação entre as mesmas.
Que linhas e projetos de ação podemos supor que deverão ocorrer com incidência sobre o território amazônico? Que distintos órgãos terão incidência sobre a região? Como desenvolver sistema de coordenação entre esses órgãos? Como se relacionar com a Presidência da República, tendo em vista a importância estratégica das ações que ali se desenvolverão?
Para dialogar conosco sobre esses temas, contaremos com a participação de:
José Geraldo Torres da Silva (Zé Geraldo), ex-Deputado Federal pelo PT-PA
Pedro Silva Barros, técnico do IPEA, ex-Diretor de Assuntos Econômicos da UNASUL
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