A integração sul-americana tem enormes possibilidades de complementaridade entre os países da região. Seus principais biomas são envolvem territórios pertencentes a diferentes nações; as grandes bacias hidrográficas possuem também a mesma lógica; as economias nacionais possuem potencial de grande complementaridade; a segurança continental pode ser muito fortalecida em um processo de integração, bem como o avanço da infraestrutura aeroespacial, seja para defesa ou simples comunicação. O posicionamento bioceânico, com o Atlântico e o Pacífico, em caso de integração de infraestruturas logísticas pode fortalecer a importância do conjunto do território sul-americano no âmbito mundial. Ou seja, a integração, com uma boa governança, pode ser extremamente benéfica a todos os países do Continente. Porém, com as composições governamentais que se foram instalando nos diferentes países da América do Sul – bem como as grandes disputas geopolíticas e geoeconômicas mundiais – está sendo abalada de maneira negativa a retomada dos instrumentos de integração sul-americana, que têm enfrentado importantes desafios e apresentando grandes riscos para sua efetivação.
Participantes: Gisela Figueiredo e Pedro Silva Barros