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Inflação – Efeitos Sobre a População e Interesses do Capital Financeiro

A inflação gerava, no início de 2025, um movimento de pânico divulgado pela mídia corporativa, provocando especulações sobre o comportamento futuro da inflação e dos juros básicos da economia. Apesar de ser real a ultrapassagem da meta inflacionária definida pelo governo, definida em patamares estreitos e de difícil gestão, percebia-se a existência de diferentes nuances explicativas, bem como os interesses políticos e econômicos que estavam em jogo. Do lado dos preços, sua variação é relativa à composição da cesta diferenciada para o cálculo da inflação (alimentos, vestuário, habitação, transporte, educação, etc.) que não variam de forma igual, com rebatimento distinto de cada um desses preços nas diferentes faixas de renda da população e nos diferentes territórios do País. Do lado do enfrentamento a essa variação, há que se pensar distintos “remédios” a serem utilizados, seja porque os preços foram pressionados pela variação dos custos, seja porque houve variação de oferta de cada produto, seja ainda, porque houve variações na pressão de demanda dos mesmos. A resposta fácil de que se deve enfrentar a inflação através dos mecanismos da política monetária do Banco Central, fundamentalmente da variação dos juros básicos da economia (taxa Selic), encobre outros interesses, como é o caso do rebatimento desses mesmos juros na manipulação da dívida pública por parte do chamado “mercado”, expressão que é um eufemismo para o jogo do capital financeiro e especulativo.

Participação: Ricardo Carneiro e José Lourenço Pechtoll

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