A terceira eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por estreita margem de votos, não foi secundada por uma correlação de forças, parlamentar, institucional e social que desse respaldo à proposta de retomada de rumos para o País. O novo governo que se desenhou deveria dar de impulso a uma transição entre o ciclo político que se derrotou e um novo ciclo que ainda não está desenhado. Alguns desafios, nesse sentido, estavam colocados, entre eles os de, simultaneamente, dar contornos a uma correlação de forças que levasse a um novo ciclo político e transitar na sua direção. A transição para esse novo ciclo, assim, precisaria ser obrigatoriamente compreendida como negociada e disputada. A correlação de forças estabelecida no processo eleitoral não conformou uma governabilidade suficientemente tranquila que estabilizasse a disputa e transitasse para o novo ciclo político que se deveria desfraldar.
Participação: José Genoíno, Bruno Pinheiro Wanderley Reis e Gilberto Maringoni
