As operações de GLO, Garantia da Lei e da Ordem, derivadas da definição de papel constitucional das Forças Armadas, no art. 142 da Constituição Federal, foram utilizadas em alguns momentos da história recente do Brasil, atribuindo-lhes função típica da segurança pública e fortalecendo equivocadamente o papel das FFAA como instrumento de combate ao chamado “inimigo interno”, afastando-a do que deveria ser seu papel fundamental, de sustentáculo da soberania nacional no eventual enfrentamento do “inimigo externo”. A decretação de uma GLO em novembro de 2023, voltada ao controle de portos e aeroportos para o enfrentamento do tráfico internacional de drogas e de armas e combate a outras frentes do crime organizado fortalecem um desvio histórico de finalidade da corporação militar, aproximando-a de uma função típica de polícia e fortalece sua pretensão de “poder moderador” da República.
Participantes: Benedito Mariano e Jorge Rodrigues
