A IV Reunião Ministerial do Fórum CELAC-China (FCC), em Beijing, em maio de 2025, contou com a participação dos Chefes de Estado de Brasil, Chile e Colômbia. Sequencialmente, também ocorreu visita oficial do Presidente Lula à Chinam, com a assinatura de cerca de vinte acordos entre os dois países. Esses eventos ocorreram em um quadro geopolítico complexo, apontando para um fortalecimento das relações Sul-Sul e com reações norte-americanas variadas e certo patamar de ameaças de retaliações. A diplomacia brasileira procura equilibrar-se entre os interesses, mas esse jogo não é simples. O Brasil tem o exercício da presidência pró-tempore do BRICS, cuja cúpula estava prevista para julho, inclusive com a presença do Presidente Xi Jimping, ao lado de outros Chefes de Estado dos países já agregados ao BRICS+ e outros países cujo ingresso era pretendido. A presidência brasileira do bloco tinha condicionantes com sinais contraditórios, ao mesmo tempo em que o governo brasileiro aportava nuances de uma diplomacia que navegava num cenário geopolítico de pressões de várias ordens na contramão da sedimentação do BRICS.
Participação: Samuel Spellmann
